Eu não acredito que uma nova guerra vai começar! Pelo jeito, os sonhos, as sensações, que todos estavam tendo, realmente eram sinais de que, mais cedo ou mais tarde, isso iria acontecer!
Não estou preparado! O treinamento de outro dia era para isso? Eu faltei nele, e agora, o que será de mim?
Ludwig já ordenou que eu não carregasse nada da cor branca, mas meu irmão disse que eu poderia levar um pano de prato...
Estou pensando em fazer posters para deixar claro aos cidadãos italianos que nós estamos seguros, já que o povo fortão e enorme do Ludwig são nossos aliados, sem contar que, desta vez, o Alfred vai estar conosco também.
Preciso sair para fazer compras e ligar para o Kiku. Será que ele vai ficar encarregado pela comida, de novo? Acho que quero ajudá-lo!
De qualquer forma, nós vamos conseguir. A Itália tem se esforçado no desenvolvimento de estratégias
de fugas defensivas! Não somos mais o mesmo exército, despreparado, da época de Mussolini... Eu acho. Enfim, vocês vão ver!
Aproveitando, quero fazer um apelo...
Por favor, não destruam Veneza! Minha cidade vive, praticamente, de turismo! Além de ser uma das cidades mais bem conservadas, a Biblioteca de San Marco é considerada como o mais suntuoso exemplo da arquitetura renascentista no mundo, e se vocês estragarem ela, vamos ficar na miséria, porque não vamos mais ter atrarivos. ; ;
Se vocês quiserem, posso dar as obras-primas da Academia de Belas Artes, mas deixem a cidade intacta! Pretendia deixar a cidade de herança para meu sobrinho Paul, mas ele partiu e se tornou imortal (meus sentimentos, nii-chan e Spain nii-chan). Agora, também tenho Atlântida (se meu sobrinho era rei, eu sou também, agora?) e já peço que não façam nada com ela... Se tudo der certo, pretendo procurar os antigos habitantes dela, depois da guerra, e ver se o Paul não deixou filhinhos. Quem sabe ele queria ser pai e pegou uma barriga de aluguel.
Vou deixar minha casa, não vou mais poder sair, sempre que eu tiver vontade, para comprar frutas, verduras e legumes fresquinhos, nem flores... Vou ficar sem pasta! O que vai ser de Gino? ; ;
Por falar em Gino, outro dia ele desapareceu de novo, e enquanto eu andava pela vizinhança, atrás dele, ouvi miados vindo de uma construção. Quando cheguei nela, chamei Gino e os miados ficaram mais intensos; na hora tive certeza que era ele.
Comecei a procurar um lugar por onde pudesse entrar, mas o portão e os muros eram muito altos, e quando já estava desesperado, notei que um dos portões não tinha cadeado, só alguns fios de aço, entrelaçados, seguravam prendiam ele. Tentando tirar os fios de aço, notei que uma senhora espiava por uma janela (fiquei mais desesperado ainda ; ; ) mas para minha sorte, uma moça veio me ajudar logo em seguida, dizendo que tinha ouvido os miados de Gino, também (seu nome é Isabella).
Em certo ponto dos fios, havia um nó que não conseguíamos desfazer, e foi então que ela teve a ideia de estourar eles, forçando o portão.
- Vai ser fácil estourar os fios, forçando o portão, pois já estão enferrujados - ela disse, já dando um leve puxão.
- S-Será? - perguntei, vendo se alguém ainda nos observava.
Ela fez um sinal positivo com a cabeça e começou a puxá-lo, mais uma vez; logo eu a ajudava a puxar, usando toda minha força, até que nós dois caimos sentados no chão, quando o portão se abriu de uma vez.
Corri para dentro da construção,chamando Gino, e guiado pelos miados, eu cheguei até um cômodo, só que a porta parecia estar trancada, mas antes que eu começasse a chorar, pensando que Gino ficaria preso para sempre, Isabella chegou, dando ponta pé e conseguiu abrí-la. *-*
Gino alegramente veio até nós, e eu corri pegar ele, mas quando nós no aproximávamos do portão ele escapou de meus braços e saiu correndo; após ver que ele tinha seguido o rumo de casa, fui me dar conta de que um policial estava parado frente à casa.
- Ei, pode voltar, já encontrei o vândalo - ele bradou, já nos barrando. - Olha, está acompanhado.
De um dos corredores, que levavam, provavelmente, até o quintal da casa, surgiu um outro policial, e após nos algemar, disse:
- Que coisa feia, ficar invadindo construções... Me impressiona a criatividade desses casais!
- Não, eu acabei de conhecer ela! - disse, tentando esclarecer o mal-entendido. - Meu gato estava preso nessa construção e ela veio me ajudar!
-É verdade! Eu juro! - ela falou, tentando se livrar das algemas.
- Eu me descobri gay, recentemente! - bradei, começando a chorar. - O nome do meu namorado é Ludwig! Querem ligar para ele?
- Ah, claro, claro - um dos policiais falou aos risos, apontando para o outro. - Eu também sou gay. Esse daqui é o Beethoven, meu namorado.
-Waaa, vocês trabalham juntos? - perguntei, admirado. - Queria que fosse assim comigo e o Ludwig...
- Pois é, agora estamos trabalhando juntos - ele respondeu, ainda rindo. - Meu nome é Salieri. Tenho tanto ciúmes do Beethoven, que até matei o Mozart... Sabe como é, né? O Beethoven foi acolhido pelos austríacos e o Mozart é um austríaco. Não queria que eles se aproximassem.
- Acho que entendo... - disse, estranhando na hora, que os dois tinham nomes de compositores e até a história de vida deles eram semelhantes.
- Enfim, essa sua tática de ser gay não deu certo - o policial falou, ficando sério. - Por que foi pensar justo em Ludwig van Beethoven para dar nome ao seu "namorado", se tivesse falado um nome italiano qualquer, talvez eu até teria acreditado...
- Mas é sério! Ele chama assim! - disse, sendo arrastado pelo policial. - Ele é alemão e... Por favor, acreditem em mim!
(Nunca pensei que ia andar num desses ; ; )
(Lembrança)
Tentei me explicar, mas mesmo assim fomos levados para a delegacia. Não me deixaram ligar para ninguém, falando que já tinha dado muito trabalho, mas Isabella ligou para sua casa, e assim descobriu que sua avó que tinha me denunciado, mas não sabia que ela estava me ajudando.
Após Isabella explicar toda a história, sua avó apareceu na delegacia, e com muita conversa conseguiu convencer o delegado de nos soltar. Tudo isso foi horrível, mas, mesmo assim, eu não consegui ficar bravo com Gino, só fiquei feliz de tê-lo encontrado dormindo, quando cheguei em casa.
Estou pensando em deixar Gino na casa do Spain nii-chan, já que ele vai estar neutro na guerra (obrigado por oferecer sua casa, Spain nii-chan!), já Ado, deve ter fugido para as montanhas com seus primos. Será que Ado já pressentia isso? Os ratos sempre sabem escapar, quando o navio está afundando... o.o
Ontem foi aniversário da Wan-chan! Feliz Aniversário, Wan-chan!
♥
Esse é o meu presente! Acho que você vai ficar muito linda de tailleur.
Para terminar o post, vou deixar um recado:
Ludwig, desta vez eu ficarei até o fim ao seu lado!
PS: Ti amo!
♥