Ludwig e Kiku vieram me visitar. Foi um dia bem divertido, e agora vou contar com detalhes tudo o que aconteceu... Acho que estou precisando de ajuda! (ToT)
Tudo começou após o café da manhã, Kiku já estava em casa nessa hora, e enquanto conversávamos Ludwig chegou. Fiquei muito feliz e, mais que depressa, comecei a falar sobre todas as novidades que tinha, e ele pacientemente me ouviu, mas o mais estranho foi vê-lo nos chamar para jogar futebol, pois, normalmente, quem faz isto sou eu.
Mesmo assim, aceitei a ideia sem hesitar, e assim nós seguimos para um local que costumávamos usar, quando pedia para jogar.
Foi muito divertido o jogo, e embora o Ludwig dissesse para eu não comemorar com ele, só porque era seu adversário. Aconteceu mais ou menos assim:
- Dooitsu, fiz mais um gol, Doitsu!! Quero abraço! - disse, correndo ao encontro, já de braços abertos.
- Você tem certeza disso? - ele perguntou, arqueando uma das sobrancelhas, com os braços cruzados.- Esqueceu que sou seu adversário?
- Mas eu quero comemorar com você, Doitsu... - insisti.
- Não nasceu mesmo para guerras - ouvi ele murmurar.
Eu tinha consciência de que ele era meu adversário naquele momento, mas eu não podia resistir, estava com saudades... ve.
(Comemorando os gols!)
Depois de eu ter ganho o jogo (eu ganhei, ganheei!!), fomos descansar. A grama ainda estava um tanto molhada, mas, por sorte, o tempo já estava bem melhor. Havia algumas nuvens, mas o céu estava azul, e foi olhando para elas, que fui surpreendido por um cisco! Logo disse sobre o acontecido, esfregando o olho, e para minha surpresa, mais uma vez, Ludwig se ofereceu para tirar o cisco do meu olho; não que ele não me ajude, mas foi de um jeito diferente... Foi com a língua.
Admito que fiquei um pouco constrangido na hora, mas depois pensei melhor, e vi que ele só estava querendo me ajudar; acho que era mais fácil daquele jeito. Agradeci, e vi que ele colocou uma das mãos sobre o rosto. "Será um cisco?" pensei, e decidi ajudá-lo na mesma hora, usando a mesma técnica, mas acho que não era, não.
Mais tarde, fomos ver algo para beber, mas eu esqueci minha carteira. Quando contei para Ludwig, que estava sem dinheiro algum, já me preparei para ouvir algo como "Até nisso você quer depender dos outros?", mas, ao invés disso, ele dividiu sua pepsi comigo! Fiquei surpreso. Claro que ele deixaria eu beber um pouquinho, mas ele costuma sempre me uma dar bronca, antes.
Só quando comecei a beber a pepsi, notei que estava com muita sede, então sugava o quanto eu aguentasse; como o Ludwig, estava bonzinho, acho que ele não ligou de eu ter bebido maior parte, mas acho que ele não gostou de me ver brincando com o canudinho, já que ficou me olhando com uma cara estranha. ; ;
Já estava convencido de que o Ludwig tinha se tornado uma pessoa mais boazinha (ou será que é porque ficamos distantes um tempo?), e assim me senti mais a vontade para falar tudo que vinha em minha mente. Quando cheguei a esta conclusão, estávamos no banheiro, e no momento que olhei para ele, inevitavelmente, vi outras coisas também. Comentei sobre o tamanho (estava maior mesmo, desde a última vez que eu vi), crente de que ele não iria brigar comigo... Mas brigou. ;;
Se ele não tivesse brigado comigo, ia pedir para ele contar se o dele e o do Gilbert eram muito diferentes. Está certo que, para o tamanho do Ludwig, aquele estava bom, mas não conseguia imaginar um do mesmo jeito no Gilbert... ve.
(Bom, não sei se vocês concordam comigo)
Já estava sentindo calor quando voltamos para casa, e após eu comentar sobre isso, Ludwig sugeriu usar a mangueira para nos refrescarmos. Corri abrir a torneira, e aproveitei para pegar Ludwig de surpresa, enquanto ele conversava com Kiku. Depois de um certo tempo, nós três estávamos ensopados! E nisso descobri os seios do Ludwig!
Mesmo sabendo que ele continuava sendo o mesmo, me arrisquei em pedir para deixar passar a mão em seu peito e barriga, e ele deixou!! Eles eram duros, mas a pele era macia... Senti vontade de beliscá-lo, mas o Ludwig logo começou a brigar comigo, só porque disse "peitos". Depois desci para sua barriga, e achei boa a sensação do dedo subindo e descendo, igual na parte em que usamos para esfregar a roupa. Comecei devagar, depois comecei a fazer mais rápido, até colocar a mão inteira. " Sobe e desce, sobe e desce, mais rápido, mais devagar " era o que eu pensava, até me dar conta de que fazia carinho em sua barriga, como fazia nos cachorros. Pedi para o Ludwig latir, mas ele ficou muito bravo (ele começou a apertar meu pescoço ; ;), então falei que a barriga dele parecia a parte de esfregar a roupa; desta vez ele empurrou minha mão, que foi parar lá. Tentei me desculpar, antes que ele fizesse algo, mas não adiantou. Acreditei, por um instante, de que ele ia me matar mesmo. Ainda bem que o Kiku estava lá para me salvar!
Decidi ficar quietinho o almoço todo para não correr o risco de ser enforcado, e foi fácil, já que estava sempre com a boca ocupada, mas até certa parte do filme, que resolvemos ver depois do almoço, foi um tanto difícil.
O filme que o Ludwig trouxe era muito legal! "Procurando Nemo" é o nome! Admito que chorei um pouquinho, quando a mãe do Nemo morreu, junto com seus filhos; acho que eu consigo entender o motivo do pai do Nemo ter ficado daquele jeito.
Ainda bem que ele encontrou a Dory no decorrer do filme! Ela ficou muito amiga dele e o ajudou, ao seu modo. Eu tento agir assim também!
Foi bom ver o Marlin se tornar mais flexível no fim do filme, mais simpático, a ponto de contar piadas, e acho que o Nemo conseguiu compreender o amor dele. ♥
Ah, por falar nisso, o Ludwig tentou contar uma piada, mas não sei ao certo se ele chegou ao final dela. Ele vai continuar sendo como o Marlin de antigamente?
Depois que o filme acabou, resolvi tirar uma sesta, enquanto Ludwig usava o computador, mas antes de adormecer, comecei a pensar sobre Marlin e Dory.
Ludwig disse que eles não podiam ficar juntos, já que eram de espécies diferentes, e então pensei se era assim também conosco... Não por sermos de países diferentes, mas às vezes sentia ele tão distante de mim.
Nunca pude fazer nada por ele, sem contar que ele sabe se virar muito bem, sozinho.
Se fosse para ele ter um amigo, que fosse inteligente como ele, que estivesse à sua altura em qualquer situação. Eu não era assim, então era como se fossemos de espécies diferentes, certo?
Dormi pensando neste assunto, e acabei tendo um pesadelo.
Estava no centro de uma roda formada por diversas crianças; elas cantavam uma música, mas não conseguia compreendê-la, e quando passei a procurar por alguém conhecido, encontrei Ludwig fora dessa roda.
Ele não estava olhando para mim, estava indo embora, e quando bradei seu nome, vi que estava mudo. Estranhamente, senti certo desespero e então decidi sair da roda, porém, quando me aproximei de uma das crianças, ela me empurrou e disse:
- Aonde pensa que vai, seu covarde? Seu lugar é aqui.
- Eu quero ir atrás do meu amigo - Minha voz havia voltado.
- Amigo, é? - perguntou a outra, aos risos.- Até quando pretende sustentar essa ideia infantil?
- Você quer muito mais, mas não tem coragem de admitir, tenta ignorar - falou a criança que me empurrou. - Mas é melhor continuar assim, pois você só iria dar mais trabalho.
Só então comecei a entender a música. Era uma cantiga de roda, mas eles cantavam de uma forma rápida, e gargalhavam, todas as vezes que terminavam os versos.
" Itália tolo, tolo, fecha os olhos, para não enxergar seus verdadeiros sentimentos pelo Doitsu!
Ele está indo embora agora, mas que diferença tem? Ele te abandonaria de qualquer modo, porque utilidade você não tem!"
Voltei a procurar por Ludwig, mas ele já havia desaparecido, e assim começou a chover. O nível da água do canal que estava próximo da roda, cobria o meu corpo, e logo me via tentando nadar entre as ondas.
Despertei de meu sonho, sentindo-me sufocado, cansado, mas mesmo assim fui procurar por Ludwig. Para meu alívio, ele estava sentado frente ao computador ainda.
- Ah, Ludwig, que bom que está aqui - disse, já preparado para contar todo o meu sonho.
- O que foi? - ele perguntou um tanto nervoso, minimizando todas as janelas.
- Nada... Que bom que você é meu amigo - respondi, deixando-o sozinho de novo.
Alguns minutos, após eu ter dito tal coisa, ele veio até mim, mas era para se despedir. Acreditei, por um instante, que ele perguntaria se estava com algum problema, mas apenas pediu para que eu abrisse a porta.
Nossa despedida foi um tanto fria. Ele parecia estar um tanto perturbado, também.
Fiquei observando ele se distanciar, lembrando do sonho que tive, e então, subitamente, comecei a correr atrás dele. Era estranho, parecia que o meu corpo se movimentava sozinho, sem eu ter vontade.
Fui com o intuito de contar a ele sobre o meu sonho, mas quando me aproximei, só imprimi um beijo nos seus lábios e voltei correndo para casa.
Ludwig, me desculpe por tudo. Não me mate! Eu estou falando tudo aqui, porque acho que não tenho mais coragem de te encarar. Acho que estou gostando de você.